sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pequeno Príncipe...

"...Mas interrompeu-se de súbito. Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos. Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes, para pôr a culpa no príncipe:

- E o pára-vento?

- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas...

Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso.

Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.

"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido..."

Confessou-me ainda:

"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar."..."

Um comentário:

In Infinitum in gnaritas disse...

Bah o pequeno principe
eu li quando tava no ensino fundamental eu acho, mas ainda lembro um pouco da história. Ta na hora de ler de novo.
A parte que mais gosto é a parte em que a cobra come um (ah? nao lembro bem) bicho e fica estirada no chao. No desenho parece mais um chapéu mal desenhado.
hehhehe

Mas é verdade ele era muito novo para saber amar e a flor queria mais muito mais...